quarta-feira, 13 de julho de 2011

Enfarte

Mais um dia, lá vem meu buzão,
dou sinal e ele me pega.
Subo, passo pela catraca,
o meu  bilhete descarrega.

Ando três passos
e começa a sufocar.
Que vontade de gritar,
não consigo controlar.

Me vejo caindo no chão,
igual a queda do décimo andar.
Meu pulmão pedia ar,
não podia respirar.

Dali em diante amigo,
fui transportado pra verdade.
Estava num sonho estranho,
um chamado pra realidade.

No fundo eu sabia ,
que ele ia me matar.
Mais eu não me preocupei,
fumar é suicidar.

Você sabe o que faz
e o que pode acontecer.
E quando você vai ver
è tarde pra arrepender.

Eu estava indo pro purgatório,
meu nome ia ser chamado.
Só que algo me trouxe de volta,
acho que o inferno estava lotado.

O ar eu já não tinha mais,
parecia estar sufocando.
De repente volta a bater,
era o meu coração pulsando

O cobrador me segurou,
levantou e pegou na minha mão.
O povo todo me olhava
e meu cigarro estava no chão.

Vi que era mais um enfarte,
nunca mais eu vou fumar.
Deixei a carteira pra lá,
essa hora teria que chegar.

De hoje em diante
eu começo a me amar.
No meu corpo habita minha alma,
minha casa não posso sujar.

Quem tem sorte,
aprende com seu próprio erro.
Quem tem inteligência,
aprende antes do enterro.

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