domingo, 3 de março de 2013

Stella

Lá estava o jack,
esperando um amigo.
Em plena Augusta,
sozinho com a Stella, Artois.

E chegou a Stella, a moça.
E suas amigas da publicidade,
não paravam de cantar,
e eu sabia a canção.

No desenrolar,
arranjaram um violão.
Pra quem sabe 7 notas,
tava mais que "bão".

Nada era complicado,
claro, graças a Stella, Artois.
Então cantei e me encantei,
claro, pela Stela.

Fui ao banheiro,
encontrei o amigo.
E voltamos conversando,
tudo bem ligeiro.

Paralelamente,
escuto verdades
e algumas mentiras
descendo as escadas.

Meio que escondido no ar,
pregado na parede,
do quadro redondo,
do violão sai um dó.

Sem dó você disse
e a canção acantonou,
dissipando os ruídos,
tudo se encaixou.

Com o silêncio do ar,
só escutei o palheiro.
Saindo do bolso ruído pelo rato,
e um trago ela deu.

Do mistério ocorrido,
nas ruas da Saúde.
Prefiro nem falar,
não me deixaram entrar.

Pois uma hora aberta,
nunca fecha a porta.
Ali o homem mais triste,
era o mais feliz.

Ouvi o velho Dean
Subindo de dimensão.
Saindo de uma Road
e ficando On nesse mundão.

Ó Sal Paradise,
Ó Mari Jane,
permita-me desculpar,
mas fui inútil ali.

Ousei renegar
as loucuras que o sol faz
quando bate a cabeça
hoje sol só não tem mais.

Desvendou que era chuva
e o cenário dissipou,
a flauta, o violino, as velas,
na consolação a redenção.

Por todo o centro-sul,
da velha são paulo,
a velha aventura,
só veio acabar pela manhã.

Dos mistérios mais rasos,
a figura mais muda ouvia
o som do metrô
quebrando as barreiras do vento.

Voltamos pro Sul,
e subimos o apê.
Dos livros entre-abertos
apenas um marca-página

Pássaros o ilustrava
e talvez eles a levaram.
Apesar das pequenas asas,
ovíparos se entendem.

Só eu não voei,
me enxaguei,
abri os olhos,
e já não estava mais lá.

Apenas alguns livros,
jogados no chão de madeira.
E para lhe acompanhar,
me deitei também.

Apesar da ressaca,
tudo valeu a pena.
Principalmente a dela,
digo, as da Stela.


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