domingo, 27 de março de 2016

Indiferente

Fiquei ali tentando mensurar a dor da perda, o ódio e a indiferença. Eu que deveria ser forte, não pude dar o braço a torcer mais uma vez, estava em jogo todo sacrifício que também fiz, mesmo que dessa vez significasse mais sofrimento a quem eu mais amo. Seria uma punhalada dupla nas minhas costas.

Conclui o que Veríssimo já havia concluído há tempos:

"O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença..."

Para os solteiros, apenas um ego necessitando de massagem.

Para os amantes, uma faca mal afiada - que vai cortando lenta e dolorosamente os
laços.

Isso é, se já não foi cortado.

Podia jurar que escrever não adiantaria em nada, até perceber que, dessa vez, meus pulsos não sangravam mais. Mas o coração, enquanto doer é sinal que ainda estou vivo. Se essa dor é o que me resta, aprenderei a conviver com ela. Como qualquer outra companhia: "Todos vão te machucar, você só tem que escolher, por quem sofrer."

E essa infelizmente parece ser uma realidade, até que alguém te prove o contrário.

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