Enquanto escuto risoflora, na água turva da noite vejo Chico e um caranguejo.
Amputados pelo feroz setor imobiliário, onde crustáceos resistem e regeneram, plantas lutam para manter suas raízes. Felizes?
Vejo homens, sedentos pela prosperidade, agredindo o bicho, o mangue, o rio e o mar.
Ignoramos o animal juntado cacos em frente ao velho espelho. Desabrigado em teu próprio teto, ferindo-se a esmo.
Vendendo a alma pelo templo e o tempo, no pavor de se encontrar.
Mesmo bem posicionado, anda perdido de qualquer jeito.
Seja no mangue ou qualquer outro lugar.
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