sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Poema - Barquinho de papel

Barquinho de papel


Agora é a hora de colocar a cabeça no lugar,
colocar o que a vida ensinou em prática.
Erguer a cabeça, levantar.

A cada dia um novo começo,
a cada curva um caminho diferente.
E toda as vezes que sentir que o barco vai virar,
remarei antes que a água da tristeza tome conta da alma.

E os que se julgarem centrados
e que não querem explorar a vida,
talvez estejam ainda mais limitados do que eu.
Logo eu que não sei o que quero...

Vagabundo é um ser desprendido,
que não se apega fácil,
que não assume compromissos,
que vive do seu jeito.

Não quero ser rei,
Não quero grandes carreiras, 
dinheiro e caráter são inimigos.
A certeza é que se dividem.
Mágica e maquiagem.

Aqui no meu barquinho
essas coisas são dispensáveis
Ainda restam suprimentos,
a maré me trará o que precisar.

Viver para se sustentar,
trabalhar pelo prazer,
descansar e ter o que fazer,
amar o próximo, amar viver.

Chega uma hora na vida,
em que temos que nos desprender de tudo
e correr atrás do que queremos.

Porém nunca esquecer que ninguém é
e nunca será feliz estando sozinho
num barco frágil, fraco e inseguro,
pois é apenas um barco,
um barquinho de papel...


Jader Costa e Silva  24/08/2010         

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